quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Clara Evidência


Já não conforto meus olhos nos teus,
num segredo que me dilacera
a alma
o mar se manteve ali
Líquido e intenso.
Foi quando vieste.
A pele pura e branca encantou
Meu ser, não menos
desesperadamente,
Apaixonado.
A boca vermelha que,
em toda sua vermelhidão,
acalmava minhas mãos,
que já não sabia onde colocar,
e acabei por não colocar
em lugar nenhum,
e os olhos, ah! Os Olhos...
Me perdi completamente
ao encanto do par de gêmeos
que me fazia
Renascer num suspiro calmo e
errante.
Há de se levar em consideração os cabelos:
Negros como que para contrapor a pele e
Lisos numa combinação perfeita
do virgem olhar.
a deusa que me tirou o sono
e os sonhos ocupou com a
beleza
mora em ti
E no meu peito reside a dor do
incerto.
Não me mata os sonhos, suplica
meu coração,
Nem me engana a alma.
Apenas te compartilho o meu
delírio:
Tua beleza no meu desejo
Tua doçura na minha loucura
Tua sabedoria na minha poesia.
A dor é de descobrir que
te amo como minha própria vida,
e já não sei se vou viver ou morrer
quando descobrires:
Minha dor que não se dissipa.

2 comentários:

Lua disse...

Muito belo o teu delírio de amor, belíssimo e triste e profundo.

até.

Camila Barbalho disse...

O grande barato de te ler, Márcio, é que em cada palavra que meu olho bate eu enxergo música. Eu enxergo arte.



Beeeeeeeeeeijojó!