quarta-feira, 22 de agosto de 2007

A estética do Olhar


Agora os olhos olham o destino e o silêncio. Olham o escuro e o depois do escuro.

Os olhos lêem e vendem luzes, e aprendem o verbo, e descansam na noite, e criam fantasmas, e se desfazem no olhar.

Eles cantam, abrem a alma e deixam a brisa do tempo entrar, olhos são janelas sempre abertas.

Fabricam sonhos, desvendam pecados. Se refugiam na pálpebra, mergulham em outros olhos.

Alguns, cegos, enchergam com as pontas dos dedos, analfabetos "lêem a mão de Paulo Freire" e voltam às premissas da fome.

Os olhos brasileiros, são vivos. São muitos. Pra lá de Um Milhão... Mas enchergam, mas são mudos, são muitos. Sãos ou não.

Assustados, tristes, obsenos, obtúsos, óbvios, olhos dizem quase tudo.

Com água, os olhos choram!

O caos, a beleza, o absurdo, tudo no mundo está nos olhos de quem vê, mesmo que fechados, os olhos sentem. Mais que um cisco, sentem a vida e o depois da vida.

Não envelhecem, logo secam, os olhos secam!

O que é que seus olhos tem visto? Olhos também guardam segredos!

Um comentário:

Unknown disse...

Amooor
Adorei o teu blog, ta lindo!!
Seeempre.... lindo texto!
ahhh Milton heim?!!
Te amo
beijoos
tua preta